Bactéria em legumes mata 15 na Alemanha; outros 5 países têm casos
Mais de 2 mil pessoas podem estar com infecção gastrointestinal grave e 30 delas estão em estado crítico; autoridades sanitárias da União Europeia alertam que há possibilidade de epidemia no continente
31 de maio de 2011 | 0h 00
Andrei Netto, correspondente de O Estado de S. Paulo - O Estado de S.Paulo
PARIS - Quinze pessoas já morreram na Alemanha, 352 estão contaminadas e mais de 2 mil também podem ter sido infectadas ali e em outros cinco países europeus por uma bactéria que causa infecção gastrointestinal grave, afetando o sangue, os rins e o sistema nervoso.
Perigo. Especialista analisa pepino em Rostock, Alemanha
Anvisa monitora casos por meio da OMS:
A preocupação com a doença, causada pela bactéria Escherichia coli, a E.coli, foi revelada na semana passada por autoridades alemãs, mas vem aumentando - Suécia, Dinamarca, Bélgica, França e Grã-Bretanha também registraram casos suspeitos. Segundo as autoridades sanitárias da União Europeia, há risco concreto de epidemia na Europa.
De acordo com as primeiras investigações, a bactéria é transmitida pela ingestão de legumes crus, em especial o pepino, e hortaliças. Ahrenkilde Hansen, porta-voz da União Europeia, disse que autoridades alemãs identificaram pepinos procedentes das províncias espanholas de Almeria e Málaga como possíveis fontes de contaminação. Um dos lotes era de uma plantação orgânica, que não utiliza pesticidas. Outro lote, exportado pela Holanda ou pela Dinamarca, está sendo investigado pelas autoridades.
O temor de que a contaminação aumente e chegue a outros países levou autoridades da Rússia, Bélgica, República Checa e Áustria - além da Alemanha - a adotar um controle rígido dos legumes importados da Espanha.
"Dos cerca de 2 mil casos suspeitos de contaminação na Alemanha, 352 foram comprovados", disse Reinhard Burger, diretor do Instituto Robert Koch, especializado em vigilância sanitária. Dentre os pacientes, pelo menos 30 estão em estado crítico. "Novos casos de morte são muito prováveis e não temos razões para suspender os alertas sanitários", acrescentou. A maioria das mortes foi provocada por hemorragias intestinais.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110531/not_imp726003,0.php
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