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Em cada três bebês, dois têm deficiência de vitamina A


Em cada três bebês, dois têm deficiência de vitamina A

Pesquisa na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP revela que de cada três bebês, dois apresentam deficiência de vitamina A. No estudo, a nutricionista Thalia Manfrin Martins Deminice avaliou 59 bebês de três meses, sendo que 39, ou 66% em média, apresentaram deficiência de vitamina A. No último mês de agosto, o trabalho ganhou o primeiro lugar no prêmio Henri Nestlé de 2010, categoria Nutrição em Saúde Pública.
Foram estudadas, ainda, as mães dessas crianças, entre o 20º e o 30º dia pós-parto, que também apresentaram deficiência de vitamina A. Foi avaliado o impacto da suplementação materna com essa vitamina tanto no sangue da mãe, como no leite materno e no bebê. A deficiência de vitamina A nas mães também apareceu, mas em menor proporção.
No início do estudo a média de deficiência de vitamina A no grupo que recebeu placebo, preparado sem nenhum efeito, foi de 6,7%  e no final do estudo, de 16,7%. Já no grupo de mães que recebeu o suplemento vitamínico, a média foi de 6,5% no início e 3,2% no final.
“O impacto positivo da suplementação de vitamina A se deu no aumento dos níveis de retinol (vitamina A) no sangue das mães e impedimento da redução de  retinol no leito materno”, diz Thalia. Para ser considerado normal, o índice de concentração sérica de retinol no sangue não pode ser inferior a 0,7 micromol por litro – µmol/l de sangue, e no leite não inferior a 1,05 µmol/l.
Antes da suplementação, esse índice foi de 0,64 µmol/l nos bebês, em geral, e, nas mães, de 1,04 µmol/l. Depois da intervenção o índice nas mães passou para 1,17 µmol/l. No leite os resultados foram de 1,56 µmol/l e 1,34 µmol/l, para quem tomou e não tomou a vitamina, respectivamente.
Suplementação
Para a avaliação da suplementação, um grupo de mães recebeu vitamina A e outro grupo recebeu placebo. O estado nutricional de vitamina A das mães foi analisado por meio da concentração sérica de retinol, em dois momentos: antes e após a intervenção, aos três meses pós-parto. Já o estado nutricional de vitamina A dos bebês foi avaliado pela concentração sérica de retinol aos três meses de idade. “O conteúdo de retinol no leite materno foi avaliado por meio da coleta de duas amostras, antes e após a intervenção, nos mesmos momentos da coleta de sangue da mãe”, diz Thalia.
A idade média das mães ficou em 26 anos, com variação entre 18 e 42 anos. “No nosso estudo observamos que quanto maior a idade, maior o nível de retinol, entretanto não há consenso na literatura sobre a correlação direta entre idade e maiores concentrações de retinol sérico”, explica a pesquisadora.
A deficiência da vitamina é uma das principais enfermidades carenciais nutricionais do mundo e pode causar danos ao sistema imunológico. Como consequência, o organismo fica mais suscetível a infecções, problemas respiratórios e diarréia, além de efeitos nos olhos que, em casos extremos, pode levar à cegueira. “Mães e bebês são considerados grupos de risco para a deficiência de vitamina A, por isso é necessária atenção redobrada e, em alguns casos, suplementação dessa vitamina, tanto para as mães quanto para seus bebês”, afirma Thalia.
Segundo o médico pediatria Ivan Savioli Ferraz, colaborador da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência (FAEPA) do Hospital das Clínicas da FMRP, no Departamento de Puericultura e Pediatria, que orientou a pesquisa, outros estudos já comprovaram que essa deficiência é resultado da gravidez, período em que a mulher tem que ingerir vitaminas, em geral, para ela e para o bebê.  O estudo foi realizado no Centro Médico e Social Comunitário de Vila Lobato, em Ribeirão Preto, que faz atendimento primário de saúde nas áreas de pediatria e de ginecologia e obstetrícia, por meio de convênio entre FMRP e Secretaria Municipal de Saúde.
O estudo “Impacto da suplementação materna de vitamina A durante o puerpério no binômio mãe-filho: ensaio clínico aleatorizado duplo-cego placebo-controlado” é resultado do mestrado de Thalia, orientada pelo professor Ferraz e defendido em novembro de 2008, no programa Saúde da Criança e do Adolescente, na FMR

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